Sabia que nem todo mundo está apto para uma cirurgia plástica? Sim!
Algumas pessoas simplesmente não podem se submeter a procedimentos cirúrgicos por uma série de motivos, mas em primeiro lugar está a sáude.
Esqueça o que sua amiga ou parente diz sobre dar aquela puxadinha aqui, esticadinha ali: cada organismo é um e deve ser tratado com toda cautela. Para explicar um pouco mais sobre o assunto, especialistas fazem alertas e contam à Vida&Arte como proceder quando se quer investir em uma cirurgia plástica.
O cirurgião plástico Rodrigo A, em Rio Preto, alerta que a lipoaspiração é uma cirurgia como todas as outras e é importante sempre realizar uma avaliação minuciosa do paciente, avaliação cardiológica, anestésica, vascular e exames de sangue, fazendo com que diminua muito os riscos de uma complicação.
Alerta importante faz o cirurgião plástico Rubem Bottas, em Rio Preto, quando fala sobre a importância de saber se o médico é realmente um cirurgião plástico e se é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Ele recomenda que procure referências sobre o cirurgião e seu trabalho.
“Para o êxito da realização de uma cirurgia plástica, a confiança é a base de todo procedimento. Dúvidas em relação aos cuidados ou resultado devem ser todas apresentadas ao cirurgião, que estará disposto a tratar sobre essas questões. Este é o momento em que o paciente deverá contar todas suas expectativas e fantasias em relação à cirurgia, pois há de se ter uma expectativa realista sobre o procedimento”, acrescenta Marcos Cassol, cirurgião plástico, em São Paulo.
Antes da cirurgia
Para qualquer procedimento, o cirurgião deverá dar informações corretas com relação às expectativas e o real resultado que pode ser atingido, é o que explica Rodrigo Antoniassi. O cirurgião ainda ressalta que não existem milagres, e é sempre bom tomar cuidado com falsas promessas. Além disso, ele não recomenda fazer diversos procedimentos no corpo de uma só vez, pois isso eleva o tempo cirúrgico e consequentemente há um aumento dos riscos e de complicações.
Já o cirurgião Marcos Cassol alerta que em todo procedimento cirúrgico, por maior ou menor que seja, há riscos, porém, se o paciente realizar todos os exames pré-operatórios e avaliações, haverá mais segurança no procedimento.
Portanto, é essencial que o cirurgião entenda o que o paciente deseja e o alinhamento das expectativas deve ser realizado, inclusive sobre as limitações do resultado que a cirurgia pode oferecer. Em relação ao tempo de recuperação, Cassol diz que depende de cada paciente. Geralmente o período de 3 a 15 dias é necessário – entre procedimentos pequenos a maiores.
Evite problemas
Entre os mais procurados estão o implante de próteses de mama, lipoaspiração e abdominoplastia. No caso de implante de próteses de mama, problemas com pós-operatórios são raros, mas podem ocorrer situações como a extrusão da prótese (rejeição), infecção, hematomas e problemas anestésicos e ao sentir qualquer dor ou perceber algo de estranho, o paciente deve entrar em contato imediatamente com o médico, afirma Rodrigo A.
Ele relata que a partir do segundo mês a paciente poderá voltar a fazer todas as atividades normais. As restrições ficam para levantar os braços e realizar atividades que não necessitem de esforço intenso, que poderão ser feitos somente depois de um mês e por volta de 10 a 12 dias para voltar ao trabalho e a dirigir.
O cirurgião Marcos Cassol ressalta que evitar o sol, o calor excessivo e banhos muito quentes após a cirurgia contribui para a não infecção dos pontos e não surgimento de manchas na pele.
Essencial também é que o paciente utilize modelador e meias cirúrgicas após o procedimento, pois tão importante quanto a cirurgia são os cuidados pós-operatórios, responsáveis pela manutenção e qualidade do resultado final. Drenagens, massagens e orientações médicas também devem ser seguidas adequadamente.
O cirurgião completa dizendo que exercícios respiratórios após a cirurgia contribuem para a circulação sanguínea, relaxamento e o equilíbrio emocional. Outra dica valiosa são os exercícios respiratórios. “A cada uma hora a paciente deve inspirar bem fundo e segurar o ar por 10 segundos repetindo o exercício 10 vezes seguidas”, diz.