Adotar hábitos como se alimentar adequadamente, dormir bem e não se estressar são fundamentais para um bom resultado na sua cirurgia.
Não é novidade que a época do ano de maior procura por procedimentos cirúrgicos é no inverno, quando o tempo de exposição ao sol é menor e o clima mais ameno favorece a recuperação e reduz os incômodos associados à intervenção.
Com a chegada da primavera, cirurgias com fins estéticos como as de implantação de silicone nos seios, lipoaspiração e rinoplastia continuam em alta visando o verão. Mas antes de se submeter a qualquer uma delas, é preciso se informar obre os cuidados pré e pós-operatórios exigidos.
“Após a cirurgia plástica, é hora de cuidar do pós-operatório e tudo deve ser seguido à risca para evitar cicatrizes, inflamações, inchaços e outras complicações”, afirma o cirurgião plástico Noel.
É claro que os cuidados vão depender do procedimento ao qual o paciente está se submetendo, mas existem hábitos comuns que, quando adotados, podem favorecer a recuperação.
“Nas cirurgias de contorno corporal, por exemplo, deve-se fazer repouso relativo por pelo menos uma semana, evitar o fumo, priorizar uma alimentação balanceada, incluindo proteína na dieta, e usar as malhas compressivas indicadas pelo médico”, enumera o cirurgião plástico Márcio C.
De modo geral, Noel destaca as seguintes precauções que não devem ser deixadas de lado: repousar por pelo menos 20 dias (dependendo de cada caso), voltar ao hospital ou à clínica para a troca de curativos nos dias agendados, usar cintas sempre que indicado e manter uma alimentação leve e saudável.
O cirurgião plástico Marco Cassol lembra que a tensão excessiva decorrente da atividade física pode ser prejudicial para o processo de cicatrização, de modo que não é recomendável retomar a atividade física antes de, em média, um mês e meio de realizada a cirurgia.
“A cicatriz demora ao menos dois meses para ganhar força. Antes disso, se forçada, poderá alargar e ficar mais evidente”, complementa o cirurgião plástico Marcelo O.
Já o cirurgião plástico Tiago R. alerta para a importância de, mesmo durante o inverno, evitar a exposição ao sol, já que manchas e inchaços podem surgir logo após o procedimento cirúrgico.
Segundo ele, o ideal é não se expor ao sol por cerca de 30 dias após qualquer cirurgia, mas esse tempo pode se estender para até 90 dias.
“O importante é ter tempo hábil para a preparação à cirurgia plástica, que envolve a mudança de alguns hábitos, quando necessário, e realização de exames e os cuidados pós-operatórios”, afirma Tiago R.
Entre os hábitos que devem ser revistos visando uma melhor recuperação no pós-operatório está o de fumar.
De acordo com Marco Cassol, o ideal é que a redução ou eliminação do fumo seja combinada previamente com o médico, para o caso de haver a necessidade de suporte medicamentoso.
“O mínimo aceitável de fumo é nada, mas é melhor diminuir do que não fazer nada”, defende.
Dormir pouco e se estressar também devem ser cortados da rotina ao máximo.
“O paciente deve aproveitar esse momento da cirurgia para diminuir o ritmo e se autoavaliar, se sentir, se enxergar. É um momento único, inclusive de reavaliação emocional”, aponta.
No quesito alimentação, não é preciso transformar radicalmente a dieta, mais um aporte maior de proteínas e vitaminas através do consumo de frutas, verduras, soja, carne, leite e ovos, é mais que bem-vindo.
Entender que a intervenção nutricional pode interferir de forma benéfica na evolução do pós-operatório é um processo que deve ser iniciado antes da cirurgia e se estender pelo menos até a recuperação plena.
“A alimentação pode melhorar ou piorar a recuperação, tudo depende da postura do paciente em relação a sua própria saúde. Cada detalhe pode fazer a diferença”, assegura o cirurgião plástico Anderson P.
A drenagem linfática também pode ser uma excelente aliada do pós-operatório.
De acordo com Candida Camelo, esse procedimento é responsável por estimular o organismo a eliminar os líquidos que causam o inchaço e os edemas, além de acelerar a recuperação e melhorar a qualidade da cicatrização, já que aumenta a imunidade do paciente e evita a formação de nódulos, fibrose e queloides.
“Geralmente a paciente recebe alta para iniciar a drenagem assim que a paciente suportar uma manipulação local, o que acontece 4 ou 5 dias após a cirurgia, porém fica a critério do cirurgião e das condições físicas do paciente”, explica, alertando que não se deve realizar mais de 15 a 20 sessões.
Entrevista cedida ao site Globo.com
Fonte: Bem Estar – GNT